Coisas do destino: Dilma Roussef e seu arqui-inimigo Eduardo Cunha se confrontaram durante todo este ano. Trocaram farpas, se hostilizaram, jogaram pragas um no outro, para no fim, com pouca diferença de tempo, terem o mesmo destino político!
Cunha foi afastado da presidência da Câmara e do mandato de deputado, ele caminha para o mesmo destino.
Dilma Roussef, que tantas vezes falou em “vingança” de Cunha, contra ela, agora vê seu inimigo mortal sair pelas portas do fundos. Então quem se vingou de quem?
Com isso ela perde o “portador do golpe”. Vai ter que inventar outro inimigo número um para ser alvo de seus acessos de raiva. Como agora Dona Dilma vai animar a torcida vermelha com seus arroubos de frases desconexas e sem sentido? Como vai falar em “golpe” – a palavra mais falada neste últimos tempos?
Outro efeito da decisão do Supremo em afastar Cunha foi um inútil movimento que abalou os corredores do Palácio, vislumbrando anular o impeachment de Dona Dilma. Acontece que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
O resultado prático e legal é que Cunha já está afastado e tudo caminha para que Dona Dilma finalmente descanse da sua maratona de tentar incutir na cabeça do brasileiro (e dos estrangeiros também) que é uma mulher inocente, de mãos limpas, que está sendo alvo de um “golpe”.
Mas, aliviado mesmo deve estar Michel Temer. Ele não vai mais ter que declarar, cedo, à tarde e à noite qual a influência que Cunha teria no seu governo.
Assim, depois de tudo isso, com grande otimismo está o ex-presidente Lula. Contrariando o que disseram que ele estava abatido e à beira de um colapso nervoso, ele deixou bem claro que nada está perdido. Lula conta e torce com um grande fiasco no início da gestão Temer e conta com isso para reverter votos, principalmente no Senado.
Pelo sim, pelo não Temer que se cuide!