Dá para reverter?

Editorial
Guaíra, 25 de novembro de 2019 - 15h28

Quando nos lembramos da nossa ex-presidente (Sic) Dilma Roussef, sempre nos reportamos às suas célebres frases, muitas vezes desconexas, sem pé nem cabeça. Isto se transformou em uma das suas mais tradicionais características. Ela nunca explica nada, pelo contrário, muitas vezes complica e embaralha o sentido da sua frase.

No entanto, o que muito de nós ainda não sabe é que Dilma Roussef luta, desde 2016, para reverter o seu processo de impeachment, baseado na proposta de que foi um ”golpe”, ou seja, uma manobra parlamentar.

Neste interim, Michel Temer foi presidente, Luiz Inácio Lula da Silva foi preso e posteriormente solto, Jair Bolsonaro ganhou as eleições para presidente e Dilma mantém uma batalha para tentar anular o seu processo de Impeachment que a derrubou da presidência da República.

Acontece que este processo corre no STF, onde a corte deverá analisar um recurso para que o caso seja novamente examinado.

A petista é defendida pelo seu ex-ministro da justiça – José Eduardo Cardoso – mas já acumula derrotas no Tribunal. Na fase atual, ela aguarda o julgamento de embargos com efeitos infringentes, ou seja, um ato de contestação e requer um novo julgamento.

O que Dilma Roussef espera ganhar com isso?

Embora ela mesma saiba que seria impossível que a invalidação do impeachment a leve de novo ao cargo, Dilma quer que se reconheça que o todo o processo foi fraudulento o que ajudaria a restabelecer a verdade, segundo sua ótica.

Assim seu advogado reitera que ”com a mesma valentia que ela suportou as torturas que lhes foram impingidas durante a ditadura militar, ela tem sabido suportar as dores da injustiça perpetradas por um golpe parlamentar, por traições e calúnias que até hoje são lançadas sobre ela”.

Dilma Roussef, na sua defesa, diz que a anulação do Impeachment resgataria a ”verdade aos olhos das gerações futuras”.

O que Dilma não consegue apagar de sua biografia, no entanto, é o fato de que ela foi participante da ”luta armada” daquela época, tudo atestado por fatos e fotos.

Dona Dilma, assim como qualquer cidadão deste país, tem o direito de se defender, de tentar resgatar o que ela chama de ”verdade”, assim como ao povo brasileiro cabe a possibilidade de fazer o seu julgamento particular da ex-presidente do Brasil.


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