Damnatio ad Bestias 

Editorial
Guaíra, 13 de fevereiro de 2022 - 15h57

A cultura do julgamento precipitado nos acompanha desde a Antiguidade através de algumas narrativas. Vivemos cercados por pessoas prontas para atirar pedras. O espetáculo romano de “jogar aos leões” (Damnatio ad Bestias ) pessoas e se divertir com isso , parece fazer parte do dna, de uma parcela considerável da população.

Estamos sempre julgando a coisa alheia. Baseado principalmente em convicções que muitas vezes estão desconectadas da realidade e de provas reais. Formula-se uma tese criativa e depois corremos atrás de narrativas para tentar prová-la.,e a velocidade da transmissão de notícias na internet potencializou o julgamento precipitado de uma forma avassaladora.

Estamos vivendo uma época em que muitas pessoas não se comprometem mais com a leitura do conteúdo. Julgam apenas com base no título. O cotidiano acelerado se tornou desculpa para não checar a fonte.

Nossos legisladores foram felizes ao colocar que uma pessoa é inocente até que se prove ao contrário. Assim é o nosso ordenamento jurídico, o ônus da prova é do acusador, e não o contrário como temos visto nos dias atuais, onde pessoas tem que provar a toda hora que são inocentes, em uma verdadeira inversão de valores.

Os inquisidores de plantão provavelmente  são pessoas que foram machucadas e assim machucam outras pessoas. A boa notícia é que é possível deixar de repetir padrões estabelecidos, muitas vezes hereditários, e transmutar-se,evoluir, e transformar-se em uma pessoa  que transforma pessoas para melhor. Pense nisso !!!

 

 


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