De quem é a culpa?

Editorial
Guaíra, 29 de abril de 2020 - 23h36

Longe de todos nós sermos alarmistas, aliás, este sentimento não acrescenta nada a ninguém, pelo contrário, desestabiliza qualquer ser humano! Mas, o que está acontecendo no Estado de São Paulo é realmente preocupante. O nível da pandemia não abaixa no nosso Estado. Todos os dias, temos notícias de que estamos vivenciando e passando pelo pico da pandemia.

Assim, por causa desse pico, se mantém a quarentena!

O Estado de São Paulo puxa a liderança de casos letais para cima. Uma estatística que jamais gostaríamos de deter. Infelizmente, não tem como apontar o dedo para encontrar o culpado. Não adianta querer jogar esta conta no colo do presidente da República, ou somente no Governador do Estado. Eles também estão perdidos! Também não sabem qual o melhor caminho a seguir. Nunca estivemos diante de uma catástrofe de tal magnitude. Muitas vezes copia-se o que possivelmente deu certo em outros países, mas mesmo assim não é garantia de sucesso. Nenhum país no mundo é igual ao outro em clima, em cultura, em economia!  E o Brasil é – por si só – um continente! O que se come no Norte do país não é mesmo alimento do Sul. E também o clima é diferente nas diferentes regiões. Se o sotaque já difere, imagina o restante dos costumes.

Mesmo se quisermos encontrar um culpado, não encontraríamos,  porque não existe um só culpado! Todos estamos passando por esta tempestade. A diferença é que cada cidadão está fazendo a sua própria lei e vivendo dela.

Na cidade litorânea de Santos, por exemplo, foi imposta uma lei municipal de que todo cidadão que sair às ruas, deveria portar uma máscara, com a ressalva de que se pagará uma multa de R$ 100,00 para aquele que for flagrado sem tal adereço. O resultado disso foi que entraram com uma liminar, na Justiça, pedindo para ter o direito de sair de casa sem a tal máscara!

Então, não adianta querer blindar o cidadão que não quer ser salvo. Não adianta jogar uma boia se ele decidiu se afogar! É o seu livre arbítrio – inacreditável para muitos – que ele decida colocar em prática.

Por aqui, as “coisas” não são tão diferentes! O Guairense, na sua maior parte, ainda se sente em férias, não quer aderir às regras do “Fique em Casa” se não tiver um trabalho que lhe permita colaborar com a saúde do próximo. Não há máscaras e luvas nos funcionários dos grandes mercados. Não há o distanciamento social que tem que haver; todos os dias batemos na mesma tecla, mas enquanto os mortos estiverem restritos longe daqui, o guairense vai continuar achando que é imortal.


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