DEMOCRACIA DIRETO NA VEIA

Editorial
Guaíra, 4 de novembro de 2022 - 10h00

Apesar dos avanços em mais de 2 mil anos de história democrática, ainda há um vasto caminho para garantir, de fato, que todos os cidadãos e cidadãs participem da vida pública e das decisões políticas em igualdade de condições. É neste sentido que a participação direta encontra sua importância, seu poder de transformação e sua relevância para a construção de cidades mais justas e inclusivas.

 

Como exemplo podemos citar as eleições na terra do ‘Tio Sam” (USA) apesar do voto não ser obrigatório, as pessoas recebem suas “cédulas” que mais parecem muito com um jornal onde escolhem  juízes, xerifes, diretores de escola,leis,políticas públicas e uma série de outras atividades, e ainda fazem uma espécie de “recall” , onde analisam se os escolhidos devem permanecer ou devem ser trocados. O sistema contempla um painel eletrônico que contém todos os itens da “cédula”, que depois de preenchida e confirmada, é impresso o resultado para conferência e sua destinação.  

 

Aqui no Brasil é muito bonito e romântico ver escrito em nossa constituição que o poder emana do povo, mas este não conhece os mecanismos para sua efetivação. Temos referendos, audiências públicas e plebiscitos raramente usados. Somos induzidos a achar que o auge da democracia ou melhor a “vox populi” se dá no momento de ir às urnas escolher nossos representantes. A democracia vai muito além de apenas votar de dois em dois anos, dentro de um sistema político arcaico e eivado de vícios.

 

O brasileiro precisa repensar suas formas de representação popular e bom começo seria nas cidades onde tudo realmente acontece, pois é nela que moramos, educamos nossos filhos, produzimos toda riqueza, que alimenta o estado em toda a sua cadeia, mas que às vezes parece sofrer de uma surdez crônica, talvez intencional, para atender interesses que passam longe do bem comum.

 

Democracia se pratica todos os dias e temos um arcabouço tecnológico que permite sua rápida implantação, onde a sociedade possa ser chamada a participar de decisões e escolhas que vão interferir diretamente no seu bem estar. Temos que caminhar para uma participação mais sólida e efetiva pois ao contrário vai faltar muro para tanta lamentação.


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