Alexandre Garcia, o emérito jornalista de Brasília, também ficou indignado com mais um Projeto sendo votado na câmara dos Deputados agora, bem no início da semana.

Todos os deputados estavam, online, votando para que se obrigue o uso de máscaras em todo o território nacional. Até aí, nada de excepcional, mas existem, neste projeto, dois itens interessantes: primeiro, aquele cidadão que for flagrado sem máscaras deverá pagar uma multa de R$300,00 reais. E, os portadores com alguma deficiência não serão obrigados ao uso de máscaras.

Assim, nós simples mortais perguntamos aos nossos parlamentares, que estão gastando o seu fosfato para concluir o Projeto e mandá-lo ao Senado para apreciação e votação: como deverá ser cobrada esta multa? Através de boleto? Do número do CPF? Do número do  RG? E se o cidadão alegar que não possui estes documentos? Como fazer para puni-los? Quem serão os fiscais? E ainda, se os chamados portadores com alguma deficiência – que não são obrigados a usar a máscara – não o farão por que são imunes ao vírus?

Francamente! Com tudo de cabeça para baixo neste país, com a economia fechando indústrias e os pequenos e microempresários comendo o pão que o diabo amassou, e nossos parlamentares preocupados em multar quem não estiver portando máscaras?! E isentando das máscaras uma parcela mais vulnerável da nossa população, sabe Deus o porquê deste preconceito!

Por aqui, por nossa cidade, até o fechamento da edição de hoje, a conta estava em oito pessoas infectadas – com confirmação do Covid-19 – e podemos dizer que somos até privilegiados, porque neste último feriado, do aniversário de Guaíra, no Parque Maracá, além das atividades esportivas em plena função, ainda havia famílias fazendo o tradicional piquenique. Alguns com máscaras, outros sem as mesmas!

Acontece que a população faz o que as autoridades aconselham, mesmo sem saber se estão se prevenindo ou não. A insegurança é muito grande, porque há grandes distorções sobre o contágio e sobre o vírus. Há especialistas de toda espécie dando depoimentos; uns atenuam o vírus, outros o abominam e existem até aqueles que carregam nas cores para falar dele.

No entanto, mesmo com tanta desinformação, uma situação é certa: o vírus chegou ao interior, agora é a vez da pequenas cidades, como a nossa, de conviver e sofrer  com a pandemia que, até bem pouco tempo atrás, ficava restrita aos noticiários da televisão e nas capitais.