Na COP 29, o Brasil mais uma vez subiu ao palco internacional, prometendo um compromisso sólido com a transição energética e o combate às mudanças climáticas.
Contudo, enquanto o discurso é ambicioso e ressoa bem entre as nações presentes, as práticas internas muitas vezes contam uma história diferente. Esta dicotomia entre o que é dito e o que é feito não apenas enfraquece nossa posição global, mas também impede o avanço real em direção a uma economia sustentável.
No universo das políticas públicas, o descompasso entre discurso e prática é um espetáculo que se repete com frequência. É como se estivéssemos assistindo a uma peça de teatro onde o roteiro fala de inovação e mudança, mas os atores continuam presos a velhas rotinas.
As palavras podem ser inspiradoras, prometendo revoluções verdes e avanços tecnológicos, mas quando a cortina cai, muitas vezes encontramos o palco inalterado. As práticas não acompanham a retórica grandiosa, criando uma lacuna que gera desconfiança e frustração.
Essa discrepância não é apenas um problema de imagem; ela tem consequências reais. Quando as ações não refletem as palavras, perdemos credibilidade e desperdiçamos oportunidades de verdadeiro progresso. O público, que já está cansado desse show, anseia por coerência. Queremos ver políticas que não só prometem mudanças, mas que as entregam efetivamente.
É hora de colocar o discurso em prática, alinhando intenções com ações concretas. Só assim poderemos transformar promessas em resultados e discursos em realidades tangíveis. Afinal, no grande teatro da política, o público sempre prefere ver uma atuação autêntica a um roteiro vazio.