Somos o resultado de nossas escolhas e decisões. Em nossas mãos estão a felicidade ou o sofrimento. É certo que não podemos voltar no tempo e apagar o que foi feito, mas sempre podemos começar de novo e fazer diferente.
Colocar a culpa no outro.de experiencias que nos causaram consequências psíquicas como sentimentos e pensamentos, só mostra que alguns sujeitos carecem, mais que outros,do reconhecimento do seu papel nos acontecimentos da vida, e por vezes escolhem um determinado grupo ou traço distintivo de algo ou alguém como motivo de ódio ou perseguição, como se ter este “inimigo íntimo” fosse necessário para dar um suporte externo a tudo aquilo que se torna insuportável na sua própria experiência.
Culpar o outro pode se tratar também de reconhecer, muito indiretamente, naquela pessoa as deficiências e desejos que não queremos em nós mesmos, sem que tenhamos que enfrentar de forma mais trágica esse traço de alienação que nos é próprio.Em Alguns casos, deparar-se consigo mesmo torna-se impossível de tal modo, que projetar o que somos em alguém e fazê-lo assumir a nossa intencionalidade, mesmo que apenas fantasiosamente, pode ser um passo anterior ao reconhecimento do que nos move.
Nem sempre é fácil mudar, ainda mais quando se é confrontado consigo mesmo. Mas talvez este enfrentamento “trágico” em relação a nós mesmos é uma forma de despir nossas roupagens imaginárias, assumir suas responsabilidades pela sua vida e buscar contornar as dificuldades e superar obstáculos, ao invés de esperar que as coisas aconteçam de determinada forma e encontrar alguém para culpar quando essas coisas não acontecem pura e simplesmente porque suas escolhas não foram boas. .