Elas desafiaram as leis da Física!

Editorial
Guaíra, 13 de agosto de 2016 - 08h01

Nossos leitores com um pouco mais de idade hão de se lembrar de Nádia Comaneci, uma Romena pequenininha, de 14 anos, que encantou o mundo quando se apresentou, há 40 anos, em Montreal, no Canadá, na ginástica Olímpica.

Naquela época, ela tirou nota 10 em todos os aparelhos. Foi perfeita! Desafiou as leis da Física!

Nádia Comaneci já fazia o que parecia impossível do ponto de vista da física. Ela era parte da equipe de ginástica artística do pequeno país do leste europeu e não fazia a menor ideia de que estava prestes a entrar para a história. Ao terminar uma indescritível prova nas barras assimétricas, deu uma olhada no painel, em que os juízes exibem as notas, e viu um “1.00”. Não era um defeito. Como, até então, não se pensava que fosse possível atingir a perfeição absoluta na ginástica artística, não era possível exibir os quatro dígitos de “10.00” na tela; “9.98” talvez. Não dez.

Mas, não foi suficiente realizar a façanha uma vez. Comaneci conquistou outras seis notas dez ao longo do evento, com um grau de confiança e precisão que jamais foi superado. Mais tarde, as notas se transformaram em pontos.

Ainda estamos na metade das Olimpíadas do Rio 2016 e a americana Simone Biles já conquistou o mundo. Para quem gosta de ginástica artística, seu ouro não foi uma surpresa. Com 19 anos de idade, ela foi a primeira da história a vencer três campeonatos mundiais consecutivos em sua modalidade e é a ginasta americana mais condecorada da história em competições internacionais, com 14 medalhas ao todo, 10 delas de ouro.

Comaneci e Biles parecem desafiar as leis da física todos os dias. É difícil observar o movimento de seus corpos e não se lembrar da associação das Olimpíadas da antiguidade com os deuses. Não há nada inexplicável ali, porém: é tudo ciência.


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