“Equilibristas do Ego: Quando a Soberba Sobe na Gilete”

Editorial
Guaíra, 8 de novembro de 2024 - 09h04

Ah, o espetáculo humano! Não é raro encontrarmos aqueles que, ao se depararem com um mínimo de poder ou reconhecimento, transformam-se em verdadeiros equilibristas do ego, arriscando-se perigosamente sobre a fina linha da soberba, como se fossem artistas do Circo dos Vaidosos.

Imagine um indivíduo que, após uma pequena vitória, como ser eleito presidente do clube do livro ou coordenador da festa do bairro, passa a acreditar que é nada menos que o próximo grande líder mundial. O poder, mesmo que minúsculo, parece funcionar como um fermento mágico, inflando a autoconfiança além das proporções humanas.

É fascinante observar a transformação: a postura muda, o tom de voz ganha ares de autoridade suprema, e qualquer opinião divergente é tratada com o desprezo digno de um imperador romano. Esses equilibristas acreditam, com convicção, que todo o universo gira ao redor de suas gloriosas ideias – mesmo que tais ideias envolvam apenas a escolha do tema da próxima festa junina.

A gilete, metaforicamente falando, representa aquela linha tênue entre a confiança saudável e a arrogância desmedida. E como eles se equilibram! Um passo em falso, e a queda é iminente. Mas, devo admitir, é impressionante a habilidade que desenvolvem para manter esse estado de soberba sem vacilar… pelo menos, por algum tempo.

Por trás dessa bravata toda, muitas vezes encontramos a insegurança mascarada. É como se precisassem constantemente reafirmar sua importância, usando a gilete como trampolim para se sentirem acima dos meros mortais. No entanto, todos sabemos que a realidade pode ser um juiz implacável, capaz de trazer qualquer equilibrista de volta à terra firme.

Mas, convenhamos, sem esse balé de vaidade, nossas vidas seriam bem menos coloridas. Afinal, quem não aprecia um pouco de drama na rotina? E quem nunca se divertiu com os malabarismos daqueles que, por um momento de glória, acreditam ter domado o mundo?

Então, quando você se deparar com alguém que sobe numa gilete e deixa a soberba tomar conta, lembre-se de assistir ao show com leveza. E quem sabe, em um futuro próximo, eles possam aprender que o verdadeiro equilíbrio se encontra não no ego inflado, mas na simplicidade de reconhecer que, no grande circo da vida, somos todos aprendizes.

Até lá, seguimos observando esses equilibristas com um sorriso no rosto – e, claro, aplaudimos de pé seu corajoso número sobre a gilete. Afinal, não é todo dia que se vê um espetáculo desses!


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