A senadora do PT do Paraná – Gleisi Hoffman – se diz abalada com a prisão do seu marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo. A notícia atingiu o núcleo de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, na Comissão Processante do Impeachment do Senado.
De acordo com pessoas próximas à senadora, ela ainda está estremecida com a ação da Polícia Federal que, além de prender Paulo Bernardo, também cumpriu ordem de busca e apreensão no seu apartamento funcional, onde ela estava com a família no momento da operação.
Em fase de ouvir as testemunhas de defesa, a comissão abriu a sessão nesta semana sem a presença de Gleisi Hoffman, uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma, pois é integrante da linha de frente da defesa na comissão, ao lado de Vanessa Grazziotin e Lindbergh Faria.
O Senado entra agora nos últimos dias de testemunhos de defesa de Dilma.
O senador petista (Lindbergh) questionou sobre possíveis motivações políticas no fato de a operação ter sido deflagrada no momento atual, em que o Senado julga o impeachment de Dilma, mas buscou negar que isso vá afetar a defesa da presidente afastada.
Para o parlamentar José Medeiros (PSD-MT), que integra o bloco que faz oposição a Dilma na comissão, a prisão de Paulo Bernardo terá grande influência no julgamento da presidenta afastada.