Agora chegou a hora dos “Fora Temer” e dos “Fora Dilma” se unirem e gritarem: “Fora todos!”
Depois de quatro horas de depoimento, Marcelo Odebrecht, que está preso há mais de um ano, fez uma química e todos os “coxinhas” e todos os “mortadelas” viraram pastéis com cara de palhaço.
Assim, em depoimento à Justiça Eleitoral na última quarta-feira (1º), Marcelo disse que se sentia o “bobo da corte” do governo federal.
Ao falar sobre a situação da empreiteira baiana que leva seu sobrenome, o ex-presidente do conglomerado demonstrou descontentamento por ter sido obrigado a entrar em projetos que não desejava e a bancar repasses às campanhas eleitorais, sem receber as contrapartidas que julgava necessárias.
Marcelo foi preso em junho de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, acertou delação premiada, e deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano.
O ex-presidente da Odebrecht detalhou que tinha contato frequente com o alto escalão do governo. “Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo”, disse Marcelo.
O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.
No depoimento, Marcelo Odebrecht falou ainda sobre a “naturalidade” do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu a legalização do lobby e deixou claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. O caixa 2, segundo ele, envolve pagamento de propinas.
Pelo que tudo indica, o brasileiro é o bobo da Corte, e todos nós somos os “otários do governo”.