A história se repete

Editorial
Guaíra, 23 de agosto de 2017 - 10h16

Esta semana tivemos mais uma notícia – triste – de uma professora que foi agredida dentro da escola.

“Dilacerada. Estou dilacerada”. Assim começa o desabafo da professora de língua portuguesa Marcia de Lourdes Friggi, 51 anos, em sua rede social ao comentar o episódio de agressão sofrido nesta segunda-feira (21), na escola que trabalha em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, quando levou socos de um aluno de 15 anos.

Em choque com o que aconteceu, a educadora postou fotos com a lesão provocada e fez um desabafo: “Estou dilacerada porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos. A sociedade nos desamparou”.

Segundo relato de Marcia, que tem 12 anos de experiência do magistério e leciona no Centro de Educação de Jovens e Adultos  há três anos, era o seu primeiro dia de aula como contratada em regime de caráter temporário (ACTs) para a turma quando ela pediu que o estudante colocasse o livro apoiado nas pernas dele sobre a mesa. Ao que obteve como resposta: “Eu coloco o livro onde eu quiser.”

Ao relatar o fato na direção, o estudante a teria chamado de mentirosa. Ela, ao argumentar, foi agredida com socos, sendo um deles no rosto. Então ele a lançou contra a parede.

Este é mais caso lamentável. Esse é o problema de se alimentar o ódio. Ele sempre volta para nós mesmos e geralmente mais cedo do que se espera. Esperamos que a sociedade reflita que, incitar o ódio e a violência só vai gerar mais ódio e violência. Precisamos parar com esse negócio de “nós contra eles”, isso vai acabar dizimando a humanidade mais cedo ou mais tarde.


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