Quem tem acompanhado as informações sobre a Saúde em nossa cidade deve ter visto uma foto, aqui mesmo no jornal e pelas redes sociais, de médicos e profissionais de enfermagem vestindo os EPIs tão necessários para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, dentro das dependências da nossa Santa Casa.
A foto é impactante! No entanto, mais impactante ainda foi ver a foto dos funcionários do cemitério de nossa cidade também todos paramentados e vestindo os equipamentos para se protegerem contra a contaminação que ronda a cidade.
Se a visão daquelas duas fotos não chamou o nosso cidadão para a realidade dos fatos, é porque realmente ele ainda não se conscientizou de que ninguém está livre desta tempestade. Como já reiteramos, a tempestade é a mesma para todos, mas os barcos salva-vidas estão em diferentes estágios dentro da noção individual de cada um.
Ao lado daquelas duas fotos há outros fatores que contribuem para a insegurança do nosso cidadão: a desinformação! Se formos navegar pelas redes sociais vamos nos deparar com conceitos e depoimentos de todas as sortes! São pessoas – alguns se dizendo médicos – que atenuam a investida do vírus afirmando que os hospitais estão vazios na sua grande maioria.
Em outros vídeos nos apresentam dados alarmantes de que o pico da pandemia ainda não chegou ao Brasil e que será para o final de Abril, começo de Maio, pode se estender até Junho, Julho e só respiraremos aliviados em meados de Agosto e Setembro.
Um verdadeiro festival de informações desencontradas espalhando medo, insegurança e desconfiança!
Para apimentar ainda mais este festival de notícias, há os chamados “especialistas” e “analistas políticos” que veem em toda e qualquer parte a oportunidade deste vírus dar fôlego a um movimento sorrateiro para desidratar, desgastar nosso presidente Jair Bolsonaro com o intuito de tirá-lo do poder para uma possível volta daqueles que não se conformam com o resultado das urnas.
Com tudo isso nos assolando dia após dia, vamos construindo a nossa resistência na base de exercícios físicos – extenuantes – com cadeiras, vassouras, banquetas enquanto vamos clamando piedade e clemência nas orações e nas mensagens de boa fé, para colaborar com construção da nossa resistência emocional e da nossa saúde mental.
Nunca foi tão difícil entender as intenções do ser humano.