Lembra do Sujismundo?

Editorial
Guaíra, 21 de fevereiro de 2022 - 10h12

Os mais jovens talvez nunca tenham ouvido falar, mas, os mais experientes com certeza lembram do boneco, criado por Ruy Perotti, que conquistou a simpatia dos brasileiros, apesar de seus graves erros de conduta. Seu nome, Sujismundo, acabou virando sinônimo de porcalhão. Ele era o protagonista da campanha , patrocinada pelo governo federal na década de 70. Nos comerciais, ele mostrava seus maus hábitos (como jogar lixo no chão ou espalhar objetos pelo escritório) e acabava punido.

Sujismundo saiu do ar em novembro de 1977. Mas ao que tudo indica deixou herdeiros que insistem em perpetuar os maus hábitos do personagem. Comumente vemos algumas pessoas que não contribuem para que tenhamos uma cidade mais limpa. Os exemplos são inúmeros de gente que joga latinha, papel, garrafa e toda espécie de descartáveis nas ruas da cidade, outros insistem em colocar lixo em locais proibidos, ou mesmo em dias impróprios, contribuindo para onerar os serviços prestados pela municipalidade,onde a fonte de recursos (dinheiro) sai do bolso do contribuinte.

Mesmo deixado de lado há quase meio século (44 anos), constatou-se que todos simpatizavam com o Sujismundo mas ninguém queria ser como ele. Funcionando como uma “carapuça”, virou tema de gozação entre as pessoas que procuravam identificar, entre os colegas, conhecidos, familiares e até de autoridades os verdadeiros “sujismundos”, que longe de serem porcalhões intencionais, eram apenas cidadãos comuns, descuidados com a limpeza do ambiente por maus-hábitos adquiridos. Enfim, pessoas que sujam as ruas por uma questão de educação e falta de informação.

Atuando como um símbolo contra o acúmulo do lixo, de maneira irresponsável e inconsciente, o personagem Sujismundo (com J e não G), cumpriu plenamente sua missão, sendo até hoje lembrado com saudades pela geração do seu tempo. Infelizmente nos dias atuais tem gente que parece   incorporar o  personagem, contribuindo de forma contundente, para que o planejamento visando a economia e racionalidade do sistema, por melhor que sejam, vão literalmente para o lixo.

Talvez reviver esta campanha nas escolas, para nossas crianças, seria uma boa forma, para que em um futuro próximo, possamos ter adultos mais conscientes.


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