Mãe, minha grande amiga

Editorial
Guaíra, 12 de maio de 2019 - 08h30

Quando cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia um anjo em minha vida, alguém muito especial para me orientar na jornada da vida. Descobri um dia que você, ao me erguer em seus braços, elevando-me acima de sua cabeça, queria que eu percebesse o mundo de um ponto de vista muito abrangente.

Quando comecei a ensaiar meus primeiros passos, você me sustentou segurando-me a mão, e entendi que você não desejava me carregar no colo para sempre, mas queria que eu andasse com as próprias pernas. Na minha infância, quando entrei em casa ofegante, me queixando dos amigos, você disse para eu me acertar com eles e compreendi que deveria assumir a responsabilidade pelos meus próprios atos.

Quando trouxe para casa a minha primeira lição e você se sentou ao meu lado, orientando-me, mas não fez a lição para mim, entendi que você desejava que o aprendizado fosse uma conquista minha. O dia em que alguns objetos alheios foram parar em minha mochila escolar, você, sem me ofender, me pediu para devolver ao legítimo dono, eu compreendi que queria me ensinar a ser uma pessoa honesta respeitando o que é de cada um. Quando um dia eu teci comentários maldosos sobre outras pessoas, você me ensinou que não devemos falar mal das pessoas ausentes e aprendi as lições da sinceridade e do respeito.

Nos momentos difíceis você sempre esteve ao meu lado para me apoiar e nas horas alegres não me faltou o seu abraço para compartilhar. Quando fraquejei diante do primeiro embate da vida, você me falou e ensinou a ter coragem… Quando chorei as lágrimas provocadas pelo primeiro sofrimento, você me ensinou a ter resignação… Quando desejei fugir dos compromissos que se apresentaram, você me falou e ensinou a ter responsabilidade. Quando pensei em mentir para um amigo, você me falou e ensinou a ser sincero e a ter fidelidade…

Quando senti em minha alma os açoites dos primeiros vendavais da vida, você me falou e me ensinou a ter flexibilidade e aprendi a me dobrar para não quebrar, como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes de vento. Quando você pressentiu em meu olhar a insinuação da vingança, me falou do perdão… Quando desejei salvar o mundo, nos ardentes dias da juventude, você me ensinou a moderação e o bom senso. Quando quis me submeter aos modismos do grupo, você me falou de liberdade. Quando me iludi, pensando que o mundo era meu, você me falou do Criador do Universo.

Assim, minha mãe querida, desejo dizer a você que sempre foi minha heroína, minha amiga, minha grande mestra, minha companheira de caminhada… Você foi firme quando era de firmeza que eu precisava… Foi terna, quando era de ternura que eu necessitava… Foi lúcida, quando era de lucidez que eu precisava… Hoje, mãe, sei o que estou fazendo aqui neste mundo porque você, minha mãe, minha guia, fez mais que apenas me orientar na jornada da vida. Você caminhou ao meu lado muitas vezes, me seguiu de perto outras tantas e andou à minha frente muitas outras, deixando rastros de luz, como diretrizes seguras que eu pudesse seguir. Hoje, se sei muito bem o papel que me cabe na construção de um mundo melhor, é porque isso eu aprendi com você minha grande e admirada amiga… Minha mãe, que Deus a abençoe onde você estiver, minha grande e querida amiga. Te amo muito minha mãe, que Deus a abençoe sempre.

Para todas as mães.

Colaboração: Gracia Regina dos Santos


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