Planejadas pelo PT como respostas aos protestos do último domingo contra o governo federal, as manifestações de entidades sociais programadas para esta quinta-feira aconteceram ao longo do dia em 25 estados do país e no Distrito Federal.
A caminhada saiu em defesa do governo, mas os atos tiveram também críticas ao ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes se posicionaram ainda contra a redução da maioridade penal, a Agenda Brasil e gritavam palavras de ordem contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha denunciado nesta quinta ao Supremo Tribunal Federal (STF) e um dos principais alvos durante os atos.
Os manifestantes cantaram palavras de ordem como “um, dois, três, quatro, cinco mil, ou para o ajuste ou paramos o Brasil”. Há outros que pediram mais habitação no país. Alguns usaram adesivos com o dizer “contra o ajuste fiscal do governo federal”.
O que estranha nesta última manifestação é a contradição: hipotecam o seu apoio à presidente Dilma, mas com restrições à sua economia, querem mais casas populares e os sem terra, continuam sem as terras. Não se teve nenhuma notícia de que houve assentamentos nestes últimos tempos.
A estranheza não para ai: as pessoas que não são favoráveis à nossa presidente, são taxadas de “coxinhas”, de elites, classe rica, etc, etc, mas como se pode fazer uma manifestação em pleno dia útil, bem no meio de expediente? Quem é que pode comparecer em uma manifestação como esta? Somente quem não trabalha, ou, quem recebeu 30 reais, um sanduiche e a dispensa do patrão para poder participar!
Em São Paulo, o grupo se reuniu a partir das 17h. Uma hora e meia depois, saiu em caminhada em direção à Avenida Paulista. Alguns manifestantes carregavam cartazes com a foto da presidente Dilma com os dizeres “Dilma, Mãos de Tesoura”. Também são alvos dos protestos o vice-presidente, Michel Temer (que aparece como “Poderoso Chefão”; o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (“O Lobo de Wall Street”); além de Cunha (“O Exterminador do Futuro”). Havia peças também pedindo a saída dos dois últimos. Dois bonecos vestidos como presidiários têm os rostos de Levy e Cunha. O presidente do Senado também foi criticado pelos manifestantes.