A forma que o Supremo arrumou pra acabar com a Lava Jato e soltar 134 condenados por roubarem mais de 3 bilhões de reais é tão absurda, sem qualquer lógica ou base legal, que é até difícil entender.
Mas, se for para tentar resumir, os juízes do supremo acham que um corrupto, já julgado em três instâncias como corrupto, deve ter o todo julgamento anulado porque, nas alegações finais do último dos 3 julgamentos, aquela que só o mimimi e lamentações por ter sido pego, ele deveria ser o último a falar ao invés do penúltimo.
Pior do que liberar toda a bandidagem que a Lava Jato demorou 6 anos pra juntar, é a insegurança jurídica que isso causa. Ávido por liberar seus padrinhos políticos, o Supremo decidiu mudar as regras já com o jogo nos ”finalmente”. É como se o juiz decidisse aos 45 do segundo tempo que gol de cabeça vale como dois. E muda o placar de 3×2 para 2×4.
Tem um nome pra isso: Brasil. Nosso Brasil varonil. Um país onde as regras são apenas um detalhe. Diante desse quadro caótico protagonizado pelos políticos, muitas pessoas colocam fé e esperança na juventude, que dizem ser o futuro da nação. Mas, onde é que temos errado neste sentido?
Nossos jovens choraram a morte das girafas e leões na Amazônia, num completo desconhecimento da nossa fauna tupiniquim; glorificaram uma adolescente de 16 anos com discurso de ódio, ocupando uma tribuna na ONU, com expressões faciais carregadas de encenações; satanizaram o capitalismo malvado que está acabando com a humanidade. Mas, deixam assim o jardim da própria casa, numa foto que estampamos nesta coluna, onde se registra toneladas de lixos, deixadas pelos jovens, e retiradas, todas as noites do Rock in Rio pelos garis incrédulos com tanta sujeira.
Muitos desses nossos jovens abominam o capitalismo, mas incoerentemente pagaram R$ 525 reais no ingresso no evento do ”Rock in Rio”, R$ 100,00 no transporte executivo; R$ 20,00 uma esfirra dentro do evento, enquanto no palco gigante, tinha uma cenografia simulando uma favela (onde um pobre legítimo jamais pisará). Tudo isso para falar mal do capitalismo e do governo, patrocinado por grandes empresas e para gritar ”Salvem a Amazônia”. Este é o nosso Brasil…