“Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos e ser otimista.” Cora Coralina
Hoje, no dia dedicado inteiramente à mulher, é bem possível que os meios de comunicação, que as agências, empresas e instituições reverenciem essa figura feminina, doando flores e parabéns!
Neste dia, recebe-se também lindas mensagens, abraços e muitas mulheres se reúnem para comemorar o seu dia, mesmo não sendo considerado feriado. Nada mais justo do que comemorar festivamente o 08 de março.
As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20.
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, essas figuras femininas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
Acontece que muitas dessas celebrações se perdem no dia a dia e muito pouco se faz para tornar a vida das mulheres menos dramáticas. Ainda morrem muitas pelas mãos dos ex-maridos, ex-namorados, que sabem quão fracas são nossas leis.
Com o sacramento da Lei “Maria da Penha” houve uma possibilidade muito tênue de proteção à mulher. Ainda assim, quando uma mulher é estuprada, a primeira pergunta que se faz é “que roupa estava usando?” no claro sentido de tirar do homem a culpa pela violência e colocá-la na conduta da mulher.