Quem é mais “vivido” deve se lembrar do saudoso Abelardo Barbosa (Chacrinha), como também uma de suas frases “nada se cria tudo copia”.Mas que isso seja feito pelo menos com ética.
Quando se é bom, e começa a ser imitado, prova que realmente o trabalho feito ganhou notoriedade e reconhecimento público.Ser imitado é uma honra, dependendo da forma como essa imitação é feita. Se é com ética e respeito,até uma concorrência em todos os ramos de negócio, se torna uma prática saudável.
Mas quando a “imitação” é tosca e carrega com ela a falta de ética, se torna bastante desagradável.Muitos já tiveram o desprazer de ver alguém se apropriar de algo que você falou ou fez , experimentando a sensação frustrante de ter suas ideias roubadas ou de ver outra pessoa receber créditos por seu trabalho duro.
Essas atitudes não são apenas antiéticas, mas também prejudicam a sociedade. Ao não dar os devidos créditos a quem é de direito, estamos negando aos outros o reconhecimento pelo seu trabalho e esforço, e criando uma cultura de desrespeito à propriedade intelectual e à originalidade, tornando muitas vezes difícil lidar com as emoções negativas e a sensação de injustiça.
A frase eternizada por Chacrinha, tem um fundo de verdade,pois nada é tão bom que não possa ser melhorado, e não existe demérito nenhum em fazer isso. Copiar melhorando, tornado mais útil e atual algo que já existia, é saudável desde que os méritos sejam compartilhados com aqueles que contribuíram para alcançar tal êxito.
A humildade de reconhecer o outro gera proximidade e empatia. “Dar a César o que é de César”,significa respeitar as ideias e trabalhos alheios e é um apelo à responsabilidade de dar créditos a quem é de direito.Assim estaremos caminhando na construção para uma sociedade mais justa e equilibrada, onde o mérito é reconhecido e valorizado.