Na era da informação, onde um meme se espalha mais rápido que um boato em fila de padaria, vivemos a gloriosa confusão entre fake news e desinformação. Não que mentiras sejam novidade. Desde que o primeiro homo sapiens apontou para um leão inexistente para roubar o jantar do vizinho, a maledicência já fazia parte da vida humana.
No século XXI, a história continua, mas com uma diferença gritante: a velocidade e o alcance das redes sociais. Antigamente, a fofoca demorava dias para circular. Hoje, um boato atinge o outro lado do mundo em segundos. E é aqui que entram as celebradas “fake news” e a “desinformação”.
“Fake news” são notícias falsas com cara de verdade. Sabe aquele amigo que sempre aparece com uma história fantástica que começa com “você não vai acreditar”? Pois é, a fake news é exatamente isso, só que vestida com terno e gravata, parecendo uma notícia séria. Ela não é sinônimo de mentira comum. É uma falsificação sofisticada, um engodo moderno que se espalha nas redes sociais como pão quente.
Desinformação, por outro lado, é o caos informacional. É como uma feijoada onde jogaram de tudo: um pouco de fake news, uma pitada de memes maldosos e uma dose de mensagens descontextualizadas. É aquela sensação de estar numa festa onde todos falam ao mesmo tempo, cada um puxando a conversa para um canto diferente. No final, ninguém entende nada, mas todos saem com a cabeça cheia de coisas que acham que entenderam.
É o buffet completo da enganação. Fofocas online que viralizam nas redes sociais e em aplicativos de mensagens como o WhatsApp e o Telegram. E não é por acaso. Quem cria essas notícias falsas sabe muito bem como usar os algoritmos para atingir exatamente quem está predisposto a acreditar nelas. É como um cupido digital, só que da desgraça.alheia.
O mais curioso, e um tanto trágico, é que, segundo alguns estudos, essas mentiras têm 70% mais chance de serem compartilhadas do que as verdades. Ou seja, por mais que tentemos desmentir, a mentira sempre parece correr mais rápido. E isso nos deixa uma lição importante: Antes de compartilhar aquela notícia “chocante”, melhor conferir duas vezes. Afinal, ninguém quer ser o mexeriqueiro do mal dos tempos modernos, espalhando fofocas pela internet.
O sábio filosofo, Sócrates (470 a.C.-399 a.C.), segundo se conta, afirmava que, para que uma fofoca não destrua a reputação alheia, precisa sobreviver a três peneiras: verdade, bondade e utilidade. Pense nisso.