“Não espere o luto para se reunir”

Editorial
Guaíra, 7 de maio de 2025 - 09h20

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer:
“Esse ano não vai dar… quem sabe no próximo?”
Ou: “Tá muito corrido, a gente se vê depois…”

As desculpas são sempre as mesmas. O trabalho, os compromissos, a distância, o tempo que nunca sobra. As famílias vão se afastando, pouco a pouco, como se o amor pudesse esperar. Como se os encontros fossem eternos.

Mas quando a notícia chega — aquela que ninguém quer ouvir — de que um ente querido partiu, todos encontram um jeito de ir. A distância deixa de ser problema. O tempo aparece. O impossível vira prioridade.
E aí, ao redor de um caixão, entre lágrimas e lembranças, todos se reúnem.
Mas já não dá tempo de abraçar.
De rir juntos.
De dizer “eu te amo”.
De fazer aquele almoço de domingo, de contar as histórias antigas, de simplesmente estar.

Existe uma propaganda inesquecível, onde um avô, sentindo a ausência dos filhos no fim do ano, decide enviar uma mensagem inesperada:
“Seu pai faleceu.”
A dor une o que o tempo separou.
E, de repente, quando todos chegam… ele aparece vivo.
A emoção explode.
A surpresa dá lugar a risos, abraços e uma ceia que celebra a vida.
O que poderia ser despedida, vira recomeço.

Não espere uma perda para perceber o valor da presença.
Não espere um velório para juntar os seus.
Transforme o hoje em memória boa.
Abrace enquanto há calor.
Fale enquanto há escuta.
Ria enquanto ainda dá tempo.

A vida é agora.
A confraternização tem que ser em vida.
A saudade futura precisa ser feita de momentos presentes.

Reúna sua família. Comemore o amor. Comemore a vida.


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