A brasileira Raynéia Lima, uma estudante de medicina que morava na Nicarágua, foi morta na segunda-feira (23), supostamente, pelas forças paramilitares do presidente Daniel Ortega. Foi apenas mais uma estudante dentre outros 100 que já morreram em protestos contra o governo daquele país.
Quem não se lembra de Daniel Ortega, aquele que era reverenciado por Lula e Dilma e ovacionado pelo PT, PCdoB e PSOL?
Por incrível que pareça, ainda não emitiram um comunicado sobre o acontecimento. Nem um lamento sequer. Não se falou em ditadura, em feminicídio, em extermínio das minorias.
Ninguém fez um protesto com o punho cerrado, gritando “Raynéia presente!”.
Não colheram assinaturas pedindo a apuração de sua morte. Não fizeram passeatas pedindo a destituição de Daniel Ortega do poder. Não rolou textão nas redes sociais contra o machismo, a misógina, em favor do empoderamento feminino.
Basta dizer que a morte de Raynéia não rendeu nem 0,1% dos twitters que renderam quando um grupo de brasileiros gritou que a (…) era rosa, na Rússia durante a Copa, divulgada pelo mundo!
A morte de Raynéia Lima mostra apenas que os partidos não estão preocupados com as mulheres, com seus direitos ou suas conquistas. Estes mesmos partidos, que aí estão à caça de votos, parecem não se preocupar com a luta contra o machismo, com o feminicídio ou qualquer outro direto.
Pelo que se demonstra, os políticos só estão preocupados com eles mesmos.
E viva a falsa devoção!!!