Dizem os analistas políticos que, com a pretensa ida do ex-presidente Lula para o ministério da Casa Civil, estaria se iniciando o terceiro mandato de Lula e finalizando o segundo mandato de Dilma.
Quando tudo estava caminhando para este desfecho, eis que uma liminar suspendeu a cerimônia de posse e o dito ficou pelo não dito. E agora, Lula?
Enquanto aguarda, o ex-presidente e ex-ministro atende seus correligionários no Instituto Lula. A bem da verdade, para que mesmo serve o Instituto Lula?
Consta que apenas este Instituto recebeu 20 milhões das empreiteiras da Lava Jato. Consta também que Lula recebeu 10 milhões só de palestras – as mais caras do século 21.
Pois bem. Por que cargas d’água então Lula não comprou e pagou o sítio que ele gosta tanto? Por que não deu para dona Marisa Letícia o tríplex do Guarujá? Dinheiro ele tinha e assim, ele teria matado a pau toda a polêmica que o envolveu e que o expôs perante à opinião mundial.
Como diz a jornalista Eliane Cantanhede, das duas uma: ou Lula é um unha de fome, um pão duro desses que “filam” até cafezinho dos amigos e esconde dinheiro embaixo do colchão; ou então a questão é política: ele tem que manter o mito do garotinho pobre de Garanhuns, que não tinha o que comer, perdeu um dedo trabalhando nas fábricas e fabricou para ele próprio o estereótipo dos pobres, que veio ao mundo para favorecer os desvalidos.
Assim, mantendo a mítica dos grandes líderes, mesmo acuado e ferido – como agora – ele é o “pastor dos pobres e oprimidos que está sendo jogado às feras para ser imolado pela imprensa e pelo algoz Sérgio Moro, que está a serviço da elite branca e dos poderosos e – claro – do PSDB”.
Mas, convenhamos, Lula e o PT tinham – será que ainda têm? – uma história de esperança; de mudança; de erradicação da corrupção; de limpeza na política; de moralização da ética, que parecem acabar – tristemente – com uma paulada na cabeça da jararaca.