Não se fala em outra coisa!

Editorial
Guaíra, 6 de maio de 2016 - 08h03

Os jornais e os noticiários não se cansam de mostrar o rosto de Eduardo Cunha de todos os anglos. Ele é a bola da vez!

“Nosso malvado favorito” fez direitinho o seu papel: peitou – e só ele tinha “peito” para isso – e foi o responsável pelo possível impeachment de Dona Dilma. Que outro parlamentar teria coragem para tanto?

Acontece que os “pecados de Cunha” também são muitos. O ministro Janot elencou seus processos, alguns até desconhecidos por muitos:

1- Eduardo Cunha fez uso de requerimentos para pressionar pagamento de propina do empresário Júlio Camargo e o grupo Mitsui. Já havia casos de requerimento para pressionar dirigentes de empresas de petróleo;

2- Cunha estava por trás de requerimentos e convocações feitas a fim de pressionar donos do grupo Schahin com apoio do doleiro Lúcio Funaro. Depoimentos de Salim Schahin confirmam isso. Lúcio Funaro pagou parte de carros em nome da empresa C3 Produções Artísticas, que pertence à família do presidente da Câmara;

3- Eduardo Cunha atuou para convocar a advogada Beatriz Catta Preta na CPI da Petrobras para “intimidar quem ousou contrariar seus interesses”;

4- Eduardo atuou para contratação da empresa de espionagem Kroll pela CPI da Petrobras, “empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil”;

5- Cunha usou a CPI para convocação de parentes de Alberto Youssef, como forma de pressão;

6- O presidente da Câmara abusou do poder com a finalidade de mudar a lei e impedir que um delator corrija o depoimento;

7- Eduardo Cunha mostrou que retalia quem o contraria com a demissão do diretor de informática da Câmara, Luiz Eira;

8- Cunha usou cargo de deputado para receber vantagens indevidas para aprovar parte de medida provisória de interesse do banco BTG;

9- Eduardo fez “manobras espúrias” para evitar investigação na Câmara com obstrução da pauta com intuito de se beneficiar;

10- O presidente da Câmara fez ameaças ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), ex-relator do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara;

Apesar da suspensão do mandato, Cunha mantém os direitos de parlamentar, como o foro privilegiado. Teori destacou que a Constituição assegura ao Congresso Nacional a decisão sobre a perda definitiva do cargo de um parlamentar, mesmo que ele tenha sido condenado pela Justiça sem mais direito a recursos. A assessoria do deputado informou que ele está “tranquilo” e vai recorrer da decisão.


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