Nem tudo que é legal é justo e o contrário também é verdadeiro!!!

Editorial
Guaíra, 19 de outubro de 2022 - 11h14

Quando você toma uma decisão ou ainda sustenta uma opinião ela é fundamentada no que diz a lei ou você pondera pelo o que é justo? Às vezes nos deparamos com aquele velho dilema “nem tudo que é justo é legal, e às vezes nem tudo que é legal é justo”.  

 

Muitas vezes, legalidade e justiça são tratadas como sinônimos, o que na prática não acontece. Legal diz respeito ao direito: leis, regras, licitude, lícito. O que é lei hoje poderá não ser amanhã. Uma inconstância causada pela evolução natural de algumas leis que se tornam obsoletas e vão sendo substituídas por nossos legisladores. 

 

Já o justo sempre foi e sempre será justo.É a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu e que não pode ser visto do ponto de vista de si próprio, mas sim como cada um deve respeitar o bem estar, a existência e a dignidade dos outros membros da sociedade.

 

O ideal seria se, justiça e legalidade caminhassem juntas, em equilíbrio e sintonia, o que infelizmente não acontece, não por má vontade, mas simplesmente porque no Brasil e em grande parte do mundo a legalidade vem em primeiro plano, com suas regras e conceitos para o controle e organização de qualquer núcleo social.

 

Em alguns casos, talvez não seja o ideal, mas no conjunto da obra evita distorções, barbáries e de certa forma,mantém uma equidade entre as pessoas ,onde ninguém está acima da lei. Um bom exemplo são aqueles que se aventuram no setor público e “sentem na pele”, inclusive sob risco de processos administrativos graves, o rigor que nosso ordenamento jurídico  impõe na  fiscalização rigorosa do cumprimento da lei. A sociedade quando se mobiliza contra leis injustas e obsoletas, tem no legislativo o caminho e a representatividade necessária para que elas sejam  atualizadas por outras mais adequadas.

 

Para o setor público sempre foi e sempre será uma equação difícil e dolorosa, que no cumprimento da lei, alguns atos sejam considerados injustos.O comportamento do homem no convívio social precisou e precisa de regras e até o justo precisa se adequar ao que é legal. Talvez,  a palavra  chave para equilibrar esta balança, seja a criatividade. Sabemos que encontrar meios legais e justos para isto, não é tarefa fácil, mas se for alcançada, muitas coisas legais também serão justas e muito justos serão legais.    


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