NOSTÁLGICOS DA INSURGÊNCIA VINTAGE

Editorial
Guaíra, 2 de fevereiro de 2024 - 10h03

Enquanto o mundo evolui e se adapta, lá estão eles, teimosamente agarrados a táticas tão desatualizadas quanto um videocassete na era do streaming. Estes entusiastas das estratégias arcaicas, nostálgicos da insurgência vintage, aspirantes a rebeldes urbanos, parecem viver em um túnel do tempo, onde os smartphones são considerados ferramentas de opressão e as redes sociais são encaradas como conspirações diabólicas.

Tentam em vão lacrar a máxima “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.  Não perceberam que o mundo digital avançou a passos largos, e ainda tentam se comunicar por meio de “mensagens codificadas” e “sinais de fumaça”, como se estivessem em uma missão secreta em pleno século XXI.

É difícil não se perguntar se eles ainda se lembram de que as revoluções agora começam com hashtags e não com bombas de fumaça. Assistir a este espetáculo de comédia, onde os protagonistas estão convencidos de que são os heróis de uma epopéia revolucionária, enquanto o resto do mundo só pode balançar a cabeça em incredulidade. 

Os guias do passado podem inspirar, mas a aplicação cega de suas estratégias é tão eficaz quanto utilizar uma máquina de escrever em uma era de computadores superpoderosos. Talvez seja hora de esses “guerrilheiros” anacrônicos atualizarem seus manuais e aceitarem que o mundo mudou, mesmo que eles não tenham percebido.

O livro“1984”, de George Orwell, com sua visão atemporal e assustadoramente profética, permanece como um espelho inclemente, refletindo os perigos persistentes da vigilância excessiva e do controle estatal, uma advertência que transcende décadas sem perder sua urgência.

 


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