Alguém já disse certa vez que a unanimidade é burra. Ou seja, é preciso que haja discordância para que haja o debate e o embate, e que o discurso produza novos pensamentos…
Assim, se formos fazer uma pesquisa de opinião sobre a atual administração, sempre encontraremos pontos discordantes por mais que o prefeito, o seu vice e seus secretários tentem acertar.
É próprio do ser humano não se dar por satisfeito, ainda mais quando se trata do seu salário.
Pelo que deduzimos da entrevista do nosso prefeito, que está elucidada na página 3, a folha de pagamento é e sempre foi o grande ”ralo” de qualquer administração. Primeiro, porque não se ”toca” uma administração sem o funcionário, sem o elemento humano adequado em cada setor. Segundo, que existe uma lei que proíbe que os recursos públicos ultrapassem 52% destinados à folha de pagamento do funcionalismo. É preciso ser mágico para que a ”folha” fique abaixo deste índice sem deixar cair a qualidade do serviço do empregado da administração.
Assim sendo, sobra pouco para os investimentos. É por isso que os Estados e os Municípios necessitam tanto da ajuda das esferas superiores. Raro são os exemplos em que há aumento da arrecadação, sempre há a possibilidade dos déficits atrapalharem a administração.
Acontece também que os problemas do setor público não param, não ficam estagnados, tem sempre um buraco a mais aparecendo, uma via para ser revestida de massa asfáltica, medicamentos faltando nos postos de saúde, enfim, todos aqueles problemas que já cansamos de elencar, não param de surgir. Mas, os recursos se retraem, então, aí tem que entrar o bom senso do gestor. Semelhante à dona de casa, que se vê com um orçamento apertado, mas os produtos no mercadinho e no supermercado não param de subir.
A mágica do prefeito é a mesma da dona Maria, o que muda é a proporção dos encargos…