Com a aproximação da votação do impeachment de Dona Dilma Rousseff, os brasileiros começam a se perguntar: “Quem vai governar o Brasil?”
O primeiro na linha sucessória é o vice – naturalmente – Michel Temer. Mas o que mais assusta os brasileiros são os nomes que vem depois de Temer.
Acontece que esta linha sucessória tem dois políticos que juntos somam 18 processos, alguns deles sendo tramitados junto ao Supremo Tribunal Federal.
Assim, o primeiro, depois de Temer, é o Senador Renan Calheiros que responde a 12 processos. Desses processos, pelo menos nove deles são relacionados à investigação sobre o esquema de corrupção da Petrobrás. Assim, se o impeachment se concretizar e Temer assumir a presidência e se, por ventura, ele tiver que se ausentar do Brasil, quem deverá assumir o Governo Federal será exatamente Renan Calheiros, o recordista das investigações.
Depois de Renan vem o mais famoso dos Deputados: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com 6 processos. Cunha já é réu em uma denúncia no Supremo, além de responder a mais uma denúncia e três outros inquéritos no contexto da Operação Lava Jato.
No entanto, a situação está bem mais embaralhada porque corre na Justiça Eleitoral também uma investigação – que nada tem a ver com o impeachment – contra Dilma e contra Temer.
É bom que se esclareça que o impeachment não alcança o vice Temer, mas o inquérito que corre na Justiça Eleitoral é contra a “chapa” dos dois.
A oposição moveu quatro processos contra a chapa Dilma/Temer com acusações de abuso de poder econômico e político durante a campanha presidencial de 2014. As ações foram protocoladas no TSE em momentos diferentes, antes e depois da diplomação dos dois, e acabaram distribuídas entre três ministros.
Então, se Dilma sofrer um processo de impeachment, seria substituída por Temer. Se a chapa for cassada pela Justiça Eleitoral, a Constituição determina a realização de eleições em 90 dias.