Na política, na economia e até nas relações sociais, as escolhas que fazemos hoje definem os desafios que enfrentaremos amanhã. O velho ditado “quem semeia vento, colhe tempestade” nunca foi tão atual. Vivemos tempos em que a irresponsabilidade, a desinformação e a falta de compromisso com a verdade criam um cenário onde o caos parece inevitável.
Basta olhar ao redor: discursos inflamados geram divisões irreparáveis, políticas públicas mal planejadas aprofundam crises e a impunidade alimenta ciclos de corrupção e descrença. Quando líderes brincam de semear ventos de ódio e intolerância, não deveriam se surpreender quando a tempestade da instabilidade social bate à porta.
No entanto, essa colheita amarga não se restringe apenas aos grandes palcos da política. Ela se manifesta no cotidiano, no ambiente de trabalho tóxico, nas relações pessoais baseadas em egoísmo e até na forma como tratamos o meio ambiente. A destruição dos recursos naturais, por exemplo, não é um fenômeno isolado. É o resultado de décadas de descaso, e agora enfrentamos secas, enchentes e um planeta que responde à altura.
O problema é que muitos insistem em negar a conexão entre causa e consequência. Querem plantar discórdia e colher harmonia. Espalham mentiras e exigem credibilidade. Incentivam a ignorância e esperam progresso. Mas a natureza da vida é implacável: o que jogamos no mundo, uma hora, volta para nós, multiplicado.
Ainda há tempo para mudar a colheita. Mas isso exige responsabilidade, consciência e coragem para romper com velhos hábitos destrutivos. O que escolhemos semear hoje definirá o que teremos de enfrentar no futuro. Que os ventos do presente não se tornem tempestades que nos engulam amanhã.