Na noite da última terça-feira (23), o presidente, usando a rede Nacional, falou ao povo brasileiro.
Mais comedido, no entanto, sem perder o tom polêmico das suas manifestações, Jair Bolsonaro apresentou um prato cheio para quem faz oposição cerrada à sua administração.
Assim, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, Gilmar Mendes, João Dória, dentre tantos outros estão vibrando com o discurso do presidente que, em nenhum momento, convocou a população para “ficar em casa”, pelo contrário, veladamente criticou a suspensão de aulas já que as crianças não estão no grupo de risco, falou na preservação do emprego e ainda se manifestou contra “alguns governadores” que estão promovendo a “terra arrasada”.
Para o desespero do bolsonistas, Jair Bolsonaro voltou a reiterar que “nenhuma gripezinha vai derrubá-lo” se reportando ao seu passado de atleta dizendo que este resfriadinho vai passar!
Como sempre, fez críticas contundentes à mídia e se despediu em tom conciliador.
Desta forma, ficamos apreensivos se – Deus nos livre – o super-homem revestido em Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, ficar desgostoso com as declarações do nosso presidente (já que ele pregou a contra-mão do vem sendo falado nas coletivas) e se aventurar a pedir demissão do cargo. Aí sim o caos estará pronto!
A bem da verdade, uma insegurança tomou conta da população depois deste discurso, afinal é para ficar em casa ou é para retomar a vida e o emprego normalmente?
Diante destes impasses há uma só verdade irrevogável: cada governador e cada prefeito fizeram suas leis e suas ordens! Então, o mais prudente é obedecer o que está mais próximo de nós. Há até uma cidadezinha no Sul de Minas Gerais que fechou as suas fronteiras: ninguém entra e ninguém sai, ordens expressas do prefeito!
Exageros à parte, estamos esperando os requerimentos e os pedidos de Impeachment do presidente (já existem três pedidos nas mãos de Rodrigo Maia) e ver o que nos espera para os próximos dias.
Enquanto isso, vamos tentando nos manter vivos, saudáveis, nos livrando das fake news e daqueles que torcem, sem nenhum pudor, para o coronavírus.