“Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não quererê-las.” – Mario Quintana, nos lembra que o tempo pode nos afastar fisicamente, mas nunca verdadeiramente separar aqueles que se fizeram essenciais.
Há amizades que resistem ao tempo, à distância e às reviravoltas da vida. São laços que não enfraquecem, mas se moldam, como um rio que encontra novos caminhos sem jamais perder a essência. Então, quando acontece um reencontro, o que se sente é mais do que nostalgia: é um resgate, um abraço no passado e um brinde ao presente.
O que há de mais bonito em rever um velho amigo não é apenas registrar as histórias já vívidas, mas perceber que, apesar dos anos e das mudanças, aquela conexão ainda existe – forte, viva, pulsante. Não importa quantos caminhos tenhamos trilhado, quantas cidades tenhamos chamado de lar, quantas versões de nós mesmos tenhamos sido ao longo dos anos. Quando o olhar se cruza e o riso surge espontâneo, é como se o tempo dobrasse, e por um instante, tudo voltasse a ser como antes.
É algo mágico nisso. Talvez seja porque amigos de verdade conhecem não apenas nossas conquistas, mas também nossas fragilidades. Eles lembram de quem éramos antes de todas as máscaras e responsabilidades da vida adulta. Com eles, podemos ser nós mesmos, sem pressa, sem filtros, sem a necessidade de impressionar.
No fim das contas, a amizade é isso: um porto seguro, uma promessa silenciosa de que, mesmo com a correria dos dias e a distância imposta pela rotina, sempre há espaço para um reencontro, para uma risada compartilhada, para um abraço apertado que diz: “eu nunca fui embora”.
E se você tem um velho amigo que há tempos não vê, quem sabe não seja essa a hora de escrever sua própria carta, pegar o telefone ou simplesmente dizer: “vamos nos ver?”. Porque, a vida segue e o tempo passa, mas as amizades verdadeiras permanecem.