No silêncio suave de uma manhã de julho, sinto o eco de histórias que cruzam gerações. São eles, os avós, guardiões de memórias, raízes profundas que, com ternura e paciência, entrelaçam passado, presente e futuro. Comemorados no Brasil no dia 26 de julho, em homenagem a Santa Ana e São Joaquim, que teriam sido os avós de Jesus, esses homens e mulheres representam muito mais do que afeto: são o alicerce silencioso de muitas famílias.
Há quem diga que ser avó ou avô é ser mãe ou pai duas vezes , com os pais ocupados, muitas vezes são eles que acolhem, ensinam, escutam, corrigem com doçura e, sobretudo, educam com o exemplo. Entre netos e netas, não faltam relatos emocionados: tardes de verão no quintal da casa dos avós, histórias contadas com a voz pausada do avô sob o pôr do sol, ou doces distribuídos às escondidas pela avó, com aquele sorriso cúmplice que só ela sabia dar.
O contato com os avós vai além do carinho. É laço que cura, presença que orienta. Pesquisas indicam que essa convivência fortalece a saúde emocional das crianças e contribui para um envelhecimento mais saudável e ativo dos idosos. Estudos apontam que netos com laços próximos a seus avós e avôs desenvolvem mais empatia, equilíbrio emocional e gratidão.
Eles recontam as histórias da família; eles oferecem colinho e conselhos. Em tempos de telas e correria, são os avós que nos lembram da importância de escutar com o coração, respeitar as raízes e cultivar a paciência. Cada gesto carrega uma lição. O avô, com sua sabedoria silenciosa. A avó, com sua ternura que acolhe até nos silêncios.
Imagine uma manhã comum transformada em lembrança eterna: um café com os avós, uma conversa sobre suas infâncias, uma risada compartilhada, uma receita antiga feita a quatro mãos, momentos simples, mas que aquecem os dias mais frios. Para os netos, um sentimento de pertencimento. Para os avós, um renascer de propósito e alegria.
Neste Dia dos Avós, que tal retribuir com gestos sinceros? Uma visita sem pressa. Um bilhete escrito à mão. Uma foto antiga recuperada. Um almoço em família. Ou apenas um abraço, aquele que diz: “vocês são parte do que sou”. Pequenas ações que se tornam eternas na memória e no coração.
Que possamos festejar esses dois pilares da vida familiar — avô e avó — que, com amor e sabedoria, moldam gerações. Como diz o livro de Provérbios: “Os netos são a coroa dos anciãos”. E felizes são os que reconhecem e honram esse brilho.
Hoje e sempre, comemoramos os sorrisos, os contos antigos, os braços que acolhem e a presença serena dos nossos avós. Que o tempo abra esse abraço, e que saibamos retribuir, com afeto, tudo o que deles recebemos.