OS 17 ANOS DA MARIA

Editorial
Guaíra, 7 de agosto de 2024 - 10h15

Hoje, 7 de agosto, celebramos os 17 anos da Lei Maria da Penha, uma legislação que se tornou um baluarte na luta contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Instituída em 2006, esta lei não é apenas uma formalidade legal; é um símbolo de resistência e transformação social, um marco que ressignificou a abordagem da violência de gênero e ampliou os mecanismos de proteção para as vítimas.

Nomeada em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, cuja coragem em enfrentar e sobreviver a duas tentativas de homicídio perpetradas pelo ex-marido catalisou uma mudança crucial na legislação brasileira, a Lei Maria da Penha representa muito mais do que um conjunto de normas jurídicas. Ela é uma declaração de que a violência contra as mulheres não será tolerada e que o sistema de justiça brasileiro está comprometido com a proteção e a dignidade feminina.

A importância desta lei vai além das estatísticas de denúncias e condenações. Ela é uma plataforma que transformou a forma como o Estado responde à violência doméstica, obrigando a criação de políticas públicas mais eficazes e a implementação de medidas protetivas. No entanto, a verdadeira força da Lei Maria da Penha reside em sua capacidade de provocar uma reflexão mais profunda sobre a violência de gênero e de inspirar um compromisso contínuo para a mudança.

Ainda há muito a fazer. A resistência e a persistência necessárias para erradicar a violência doméstica exigem mais do que legislações robustas; demandam uma mudança cultural e social. A Lei Maria da Penha deve servir não apenas como um marco legal, mas como um lembrete constante de que a luta pela igualdade e pela justiça é uma responsabilidade coletiva.

Assim, ao celebrarmos o aniversário desta lei fundamental, é essencial reconhecer o impacto significativo que ela teve e renovar nosso compromisso com a sua implementação plena e eficaz. A verdadeira medida do sucesso da Lei Maria da Penha será vista não apenas nas estatísticas de proteção e justiça, mas na criação de uma sociedade onde a violência de gênero não tem lugar e onde cada mulher pode viver com segurança e dignidade.


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