OS MEIOS JUSTIFICAM O FIM

Editorial
Guaíra, 25 de agosto de 2024 - 09h39

Ah, a política! Esse fascinante tabuleiro de xadrez onde, historicamente, as peças se movem por estratégias tão complexas quanto questionáveis. Será, que em meio a uma sociedade, armada com smartphones e redes sociais, com acesso a informações em tempo real, ainda temos espaço para a máxima maquiavélica onde os fins justificam os meios? Ou aquelas “ações” antes feitas às escondidas, sob o nobre pretexto do “bem maior”, agora são rapidamente desmascaradas e julgadas pela opinião pública?

Ao que tudo indica, a lógica de Maquiavel tomou outro rumo, assumiu uma nova lógica onde os meios estão acelerando o fim de muita gente, principalmente para aqueles que insistem em práticas duvidosas, que buscam atalhos, ao invés de construir soluções. A sociedade abandonou o papel de espectador passivo para se tornar um participante ativo. Hoje, a política não se resume a alcançar objetivos, mas exige uma avaliação criteriosa dos meios utilizados para atingi-los.

Outro aliado forte dos “estrategistas” de longo prazo também já não existe mais: a memória curta. Esse recurso, que tantos contavam para apagar deslizes do passado, foi forçado a se retirar de cena, embora muitos ainda não tenham se dado conta. Na era digital, onde tudo é registrado e compartilhado instantaneamente, os erros parecem atemporais, permanecem frescos na mente do público, por anos. 

A sociedade está afiada não como alguns tolos que, quando tem uma “faca”, usam esta para apunhalar os outros pelas costas. Mas sim, como os sábios que usam a “faca” para cortar a corda e se livrar dos tolos. 


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