Ser presidente da Câmara dos deputados deve ser bom demais! Pelo menos é o que se pensa porque, amanhã, possivelmente, haverá eleição para suceder o Presidente afastado, Eduardo Cunha e há, pelo menos 16 postulantes ao cargo.
É que esta eleição vai definir uma figura central para os próximos passos do governo. Além de ser o primeiro na linha sucessória do presidente em exercício, Michel Temer, o substituto de Cunha terá poder para acelerar ou atrapalhar o processo de cassação do mesmo epresidir as votações de projetos importantes para o ajuste fiscal do governo.
Um levantamento feito pelos jornalistasdo “Estadão” checouque, dos 16 nomes até agora cotados para a disputa, em nove deles, encontrou-se algum tipo de procedimento.
Assim, entre os mais cotados na disputa e possível candidato do Centrão, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) é investigado por peculato e indiciado por corrupção.
O possível adversário direto de Rosso, Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, é o que tem a maior lista de pendências judiciais entre os 16 pesquisados. Ele já foi condenado e responde a um processo por exploração de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no interior de Goiás. O caso envolve 46 trabalhadores, sete dos quais eram menores de idade na época.
Outro candidato que aparece com boas chances, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) não responde a processo, mas teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato após aparecer em troca de mensagem de Léo Pinheiro, da OAS, pedindo doações. Maia é alvo de um pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República.
Já Fernando Giacobo (PR-PR), graças à prescrição, não responde a processo atualmente, mas escapou de duas ações penais no STF por formação de quadrilha e crime tributário.
Também no páreo, Heráclito Fortes (PSB-PI) teve as contas das últimas eleições reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do seu Estado.
Como vemos, o nosso “malvado favorito”, Eduardo Cunha, estará bem representado no congresso: sai o sujo e entra o mal lavado.