Palmas para os imbecis!

Editorial
Guaíra, 16 de janeiro de 2020 - 11h38

Já passou a “virada do ano”, onde alguns munícipes ainda insistiram em soltar fogos, mas o assunto não deixa de ser relevante.

Estas pessoas, poucas Graças a Deus, burlaram a Lei Municipal de 17 de Abril de 2019, onde prevê – e foi amplamente divulgado – que “esta Lei vem para evitar transtornos para a população, no tocante a perturbação de crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas e animais de estimação, particularmente, cães que devido a audição muito aguçada entram em pânico com as explosões de comemorações esportivas e festas religiosas.

Além disso, os fogos de artifício sonoros são os mais perigosos, e não raras vezes causadores de acidentes com ferimentos incapacitantes, deformantes e, até, fatais.

Como se trata de artefato explosivo, perigoso, e pelas manifestações que estimulam o uso de foguetes ocorrerem sempre à noite, em finais de semana e feriados, a GCM – Guarda Civil Municipal – que atua em plantão de 24 horas, ficou incumbida da fiscalização e autuação dos infratores. Ressaltando que a multa aplicada é no valor 200 UFM – Unidades Fiscais do Município – o que hoje equivale a R$ 453,60, e na reincidência, para caso de venda, o comerciante pode sofrer interdição da atividade, fechamento do estabelecimento e cassação do alvará de autorização de funcionamento de licença.

Ficamos pensando o que se passa na cabeça de uma pessoa que vai para sua rua e “solta” um foguete para brindar o Ano Novo. Que gosto tem em mostrar para todos que a lei não serve para ele, que ele é um desrespeitador das regras que, diga-se de passagem, está sendo adotado no mundo inteiro?

Quanto tempo dura esta “diversão”? Alguns segundo, talvez! Alguns segundos que consomem um montante de dinheiro que poderia reforçar a mesa da passagem do ano. Ou que poderia ser doado para alguma instituição fazer bom uso dele. Ou ainda comprar rações para os animais que sofrem com tais atitudes.

É insano pensar que o ser humano, que se diz  dotado de razão, que ainda se preste a receber o ano novo com um foguetório que não tem – hoje – outra finalidade senão a de demonstrar que ali se encontra uma pessoa desprovida de raciocínio, insensível, que não tem em casa um bebê, um idoso, ou um animal de estimação.

Existem fábricas de artefatos que há 30 anos produzem fogos de artifícios sem barulho. Os rojões muitas vezes se dividem em dois, fazem um arabesco bonito e colorido no ar, sem grandes estrondos. É pura química e física: as moléculas são liberadas em forma de luz.

Quem sabe para o próximo ano haja mais conscientização.

Fonte: Jornal O Guaíra 07/01/2020


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