Parecia Feriado

Editorial
Guaíra, 4 de outubro de 2016 - 09h24

Depois que as urnas se fecharam e que os resultados começaram a surgir, nossa cidade encheu-se de uma euforia jamais vista.

Parecia véspera de feriado, muita gente nas ruas, nas lanchonetes, nas pizzarias, nos lugares públicos! Estavam felizes e queriam extravasar essa felicidade.

Nós, aqui da nossa redação, compactuamos com essa felicidade sem rosto, anônima, vinda de uma massa humana feliz, porque nos sentimos recompensados pelos anos de comentários indigestos, maldosos, vindos, principalmente da Capital do país, comentários estes pagos com dinheiro público.

Fomos achincalhados exatamente porque apontávamos os desmandos vindos do Paço Municipal, com as suas consultorias e assessorias extravagantemente caras, enquanto iam deixando nossos médicos sem salários, nossa Santa Casa à deriva e os postinhos sem remédios.

A cada falha da administração apontada por nós, éramos chamados, sem pudor, de PIG – Partido da Imprensa Golpista –  só porque tínhamos a pretensão de denunciar que o dinheiro público estava escoando pelo ralo e sendo empregado de maneira irresponsável.

Em 1992, o saudoso Dr. Orlando Junqueira também ganhou a eleição para prefeito de nossa cidade com larga margem de votos, mas, nada chegou a esta diferença tão esmagadora, como se o povo tivesse lavando a alma e dissesse: não queremos mais essa política feia, suja.  Os tempos são outros.

A Operação Lava Jato, lá de Curitiba, evidentemente influenciou a campanha deste ano em todo o Brasil e aqui não poderia ser diferente.

Mas, a população nos ouviu! Leu nossas manchetes e nossos artigos. Viu as fotos! Concretizamos, mais uma vez a responsabilidade de uma imprensa séria! E somos gratos aos assinantes por isso! A resposta veio de uma maneira jamais pensada por nós: um massacre nas urnas.


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