Páscoa

Editorial
Guaíra, 27 de março de 2016 - 09h10

Neste período da Páscoa, muitos hão de se lembrar de sua infância. Não havia ovos pendurados nas armações dos supermercados, assim, a perder de vista. Mas, em toda casa, por mais simples que fosse, sempre havia um ovinho de chocolate!

Se houvesse mais de um ovo, bem pequeno aliás, eram escondidos pela casa, pelo quintal e a criançada fazia a festa. Os pequeninos se lamentavam de não terem visto os coelhinhos – que invariavelmente tinham acabado de passar – deixando os chocolates tão apreciados.

Naquela época, não havia o termo “chocólatra” e nem havia o consumo exagerado de chocolate.

O bom mesmo era a reunião familiar antes do domingo! Já começava na quinta-feira, com os preparativos do bacalhau, das batatas cozidas e do azeite, cheiroso, na cozinha.

A sexta-feira era um sacrifício!!! A meninada não podia gritar, cantar ou brincar! Até os rádios tocavam apenas músicas orquestradas.  A “cara” sisuda dos pais mostravam que estávamos fazendo um sacrilégio sendo feliz.

O sábado, depois das 12h (como custava chegar este meio-dia), já podia cantar, comer carne e malhar o Judas!  O judas era feito de uma roupa velha costurada nos pés e braços e recheada de retalhos. Aí era uma festa! a vizinhança se reunia para espancar o pobre do Judas que ficava em frangalhos em poucos minutos.

Seja com chocolate, sem ele, com bacalhau, sem ele, com azeite ou não, que esta Páscoa seja um rito de um tempo novo, literalmente novo, já que estamos passando por uma turbulência política. Que sejamos revigorados no amor de Cristo, que sua ressurreição se faça em cada coração do ser humano.

Feliz Páscoa!


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