Se perguntarmos aos cidadãos de qualquer lugar do Brasil o porquê de hoje ser feriado, não podemos afirmar com certeza absoluta, mas muitos não deveriam se lembrar!
Os adolescentes e as crianças que estão fora da escola, por certo também não saberiam! Todos nós sabemos que a escola é um divulgador de conhecimentos e, por certo, o professor de História lembraria aos seus alunos dessa importante data para nossa História.
Não sem razão que muitas Avenidas importantes das cidades receberam o nome de 9 de julho, porque foi nesta data, nos idos anos de 1932, que foi deflagrada a Revolução Constitucionalista de 1932.
O movimento está entre os maiores conflitos civis e um dos mais importantes acontecimentos políticos da história do Brasil. Ocorrido em São Paulo, o movimento tentou impedir a continuação do governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado em 1930. Os revolucionários exigiam uma nova Constituição e eleições presidenciais. Foram três meses de conflito. No início de 1932, Getúlio tentou conter a pressão popular organizando uma comissão encarregada de elaborar um novo Código Eleitoral. Em fevereiro de 1932, o código foi publicado.
Em maio, Vargas marcou a data das eleições para dali a um ano. As medidas não foram suficientes para conter a conspiração política.
Sociedades civis tramavam secretamente para derrubar o governo. Finalmente, em 9 de julho, o movimento ganhou as ruas da capital e do interior de São Paulo. A revolução recebeu apoio de vários setores da sociedade paulista. Estudantes, intelectuais, políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático pegaram em armas durante os três meses de luta.
O conflito armado ficou restrito ao Estado de São Paulo. Os governos do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a princípio simpáticos à constitucionalização, não quiseram enfrentar a força militar do governo federal.
Sozinhos, os paulistas não conseguiram manter a revolução e assinaram rendição em outubro de 1932. A revolta civil despertou o governo para a necessidade de acabar com o perfil revolucionário do regime. Isso acabou acontecendo em maio de 1933, quando foram realizadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, que mais tarde elaboraria a Constituição de 1934.
Os mais velhos contam “causos” das Forças Armadas que dizem que passaram por aqui e por Miguelópolis, contam que ainda acham artefatos bélicos nas lavouras e outros têm fotos de familiares uniformizados que participaram dessa revolução.
História é sempre bom de ser lembrada!