“Espada justiceira, dê-me a visão além do alcance”. Quem assistiu à animação Thundercats, nostálgico desenho dos anos 80, lembra da enigmática fala do líder do grupo de heróis, Lion. A visão além do alcance, parece mágica no desenho. Mas, no mundo real, consiste em entender as conexões entre as partes e o todo.

Quando se trata de incêndios, o que não vemos pode representar uma ameaça significativa. A recente prisão de um ex-funcionário de uma agência ambiental, acusado de atear fogo nessas áreas, sugere que há mais do que aparenta à primeira vista. Este incidente pode ser apenas a ponta do iceberg, ocultando interesses obscuros que permanecem fora do alcance dos olhares desatentos.

As análises superficiais frequentemente atribuem esses incêndios a fatores climáticos ou a ações individuais isoladas. No entanto, é crucial reconhecer que essas avaliações podem estar simplificando demais a realidade. Há indícios de que interesses obscuros, submersos sob a linha do horizonte visível, estejam em jogo, representando um risco incalculável para toda a sociedade.

Os incêndios têm consequências devastadoras que transcendem a destruição imediata da vegetação. Eles afetam a qualidade do solo, a biodiversidade e contribuem para o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a saúde pública sofre com a poluição do ar, resultando em problemas respiratórios e outras complicações. E a pergunta é: Será que agem sozinhos ou existem outros beneficiários desta grande cortina de fumaça que se formou em todo território nacional? 

Diante desse cenário, é essencial que as autoridades conduzam investigações profundas e abrangentes. É necessário olhar além da superfície, identificar padrões ocultos e compreender as forças subjacentes que podem estar impulsionando essas ações. Somente com uma análise detalhada e atenta será possível desvelar os riscos ocultos e implementar medidas efetivas de prevenção.

A sociedade também deve estar vigilante e exigir transparência e responsabilidade. A conscientização sobre os perigos potenciais e a promoção de práticas sustentáveis são fundamentais para mitigar os riscos. A colaboração entre governo, organizações ambientais e a comunidade é vital para enfrentar essa ameaça de forma eficaz.

O Brasil está em chamas, e não podemos nos dar ao luxo de ignorar o que se esconde além do que é visível. A responsabilidade é coletiva, e cabe a todos nós buscar respostas e soluções para proteger nosso meio ambiente e garantir um futuro seguro e sustentável.