Qual o limite da ética

Editorial
Guaíra, 27 de maio de 2022 - 09h20

Você pode não ter notado, mas o mundo está mudando. E, muito rápido. As pessoas estão buscando cada vez mais por uma vida com significado, que tenha impacto positivo na sociedade. Somos bombardeados diariamente por notícias negativas e isso nos deixa cada vez mais cansados e infelizes. Precisamos encontrar um equilíbrio, descobrir aquilo que nos faz felizes e que nos torna úteis à sociedade. Seguir o exemplo de Gandhi é um bom começo: “ ser transformação que você quer ver no mundo”.

 

Mesmo com todos os problemas econômicos, políticos e sociais, o Brasil continua existindo graças à maioria da população que é honesta. São pessoas que pagam, em tudo que consomem, uma alta carga de  impostos, e tentam viver sua vida em torno de trabalho, família e valores éticos. Apesar de todos os defeitos do Brasil, é ótimo saber que ainda temos um contingente enorme de cidadãos honestos, que estão dispostos a lutar por um país melhor.

 

Aliás, a ética é algo bem complicado, não é mesmo? Sempre falamos da ética dos outros. E a nossa? Será que ela tem a capacidade de estabelecer o diálogo, característica de uma sociedade civilizada?  Ou é aquela em que opiniões não são respeitadas, e pior,  não há contradições, apenas um “bate panela” que só empobrece o bom debate?

 

Isso acontece porque cada um de nós tem seu próprio padrão de moral e, consequentemente, de conduta. De certa forma, isso é bom, pois nos torna flexíveis e capazes de entender os pontos de vista dos outros. Por outro lado, essa característica também pode ser prejudicial, já que nos leva a diminuir a gravidade dos erros cometidos por nós mesmos. É fácil encontrar algumas pessoas que ficam indignadas com a corrupção, mas não veem gravidade alguma em estacionar em uma vaga de deficiente, jogar um papel no chão ou mesmo furar uma fila.

 

É claro que nos dias atuais, ser ético não é tarefa fácil. Somos bombardeados a todo instante com informações e resistimos todos os dias àquelas que tentam nos convencer sutilmente  que trilhar este caminho é um esforço inútil. 

 

O importante mesmo, é sempre buscar o equilíbrio e ter em mente que o limite da ética, vai até o limite da tua escolha de continuar a agir de acordo com seus princípios morais, e não de outros, que fazem parte de uma minoria.

 

E para isso, é sempre bom  lembrar de uma frase do filósofo Immanuel Kant (1724-1804)  que diz o seguinte: “Tudo o que não puder contar como fez; Não o faça! Se há razões para não contar; há para não o fazer”.


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