Em 20 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, uma data dedicada a homenagear a luta e a resistência histórica do povo negro. É um momento para refletir sobre o passado, avaliar o presente e planejar um futuro mais igualitário. Apesar dos avanços sociais, científicos e tecnológicos, ainda enfrentamos preconceitos como racismo, xenofobia e homofobia, que corroem os alicerces de uma sociedade justa. O racismo estrutural persiste como uma ferida aberta.
A necessidade de um dia específico para a consciência negra revela o longo caminho que ainda temos a percorrer. Não basta simplesmente não ser racista; é crucial ser antirracista. Devemos nos questionar sobre como transformar essa conscientização em ações concretas que promovam a igualdade. Neste contexto, a frase de Clarice Lispector, “o óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar”, ressoa profundamente. Por que, em uma sociedade que se considera civilizada, ainda lutamos para enxergar e agir sobre o óbvio?
A verdadeira mudança exige um esforço contínuo e coletivo. Políticas públicas eficazes e uma educação antirracista são essenciais desde cedo, assim como a ampliação da representatividade negra em posições de influência e a promoção de um diálogo aberto sobre raça e privilégio. Somente com a responsabilidade individual de combater ativamente todas as formas de discriminação poderemos nos considerar realmente civilizados.
A jornada contra o preconceito é contínua e cada um de nós desempenha um papel crucial nessa transformação. Não podemos descansar enquanto a cor da pele ou qualquer outra característica for motivo de discriminação. O futuro de uma sociedade verdadeiramente justa depende das nossas ações hoje. É através dessas ações que construiremos um mundo onde a diversidade seja celebrada e o respeito mútuo, seja a regra, não a exceção.