RACISMO: “MIOPIA” MORAL, IGNORÂNCIA OU FALTA DE INTELIGÊNCIA MESMO?

Editorial
Guaíra, 27 de novembro de 2023 - 10h12

No último dia  20 de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra. Mas é imperativo reconhecermos que essa celebração vai além de simples homenagens. Este é um chamado à reflexão, uma oportunidade para escancarar as sombras da ignorância que persistem, teimosamente, nas dobras de nossa sociedade. Podemos presumir que resposta para pegunta acima seja uma soma das três deficiências, pois aquele que ainda não percebeu que o brasileiro é a mistura de cores mais bem sucedida do planeta, tem mesmo que usar como domicilio um sanatório. 

Enquanto alguns se dedicam a celebrar a diversidade e a resiliência da cultura afro-brasileira, não podemos ignorar a presença nefasta da ignorância e do preconceito racial que, como um câncer silencioso, continua corroendo os alicerces da nossa convivência. Este editorial não se propõe a ser um sermão moral, mas uma exposição crítica e cínica daqueles que, na sua ignorância, alimentam o monstro insidioso do racismo.

A ironia reside na arrogância cega daqueles que, em sua estreiteza de visão, ousam menosprezar a riqueza histórica, cultural e intelectual que a comunidade negra traz para a nossa sociedade. Enquanto alguns clamam por igualdade, ainda há quem permaneça acorrentado ao passado de uma mentalidade retrógrada, sem compreender que a verdadeira grandeza de uma nação se constrói na aceitação e celebração de todas as suas cores.

Para os racistas, que insistem em se refugiar na ignorância, é necessário um olhar crítico e cáustico. A sua miopia moral não apenas mancha o presente, mas ameaça o futuro de uma sociedade que, no seu conjunto, deve almejar a igualdade genuína. Pois enquanto eles persistirem nesse caminho de escuridão, estarão cavando a própria cova da obsolescência cultural e social.

O Dia da Consciência Negra não é apenas uma data no calendário, mas um lembrete vívido de que a ignorância do preconceito racial é uma escolha, não uma condição inevitável. Portanto, que este dia não apenas celebre a riqueza da cultura afro-brasileira, mas também nos instigue a questionar, de maneira crítica e cínica, os fundamentos da intolerância que ainda persistem em nosso meio. Que a conscientização seja não apenas uma palavra, mas um compromisso ativo contra as trevas do preconceito racial que, infelizmente, ainda ensombra os cantos da nossa sociedade.


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