Sai um carioca, entra um carioca. Correndo por fora, na disputa entre Eduardo Cunha e Dilma, Rodrigo Maia mostrou o que todo mundo já sabia, mas não tinha coragem de comentar: já deu!!!
Que prendam os dois e deixem o Brasil seguir em frente. Mas o que a eleição de um político do DEM mostrou na madrugada de anteontem?
- Que a atual oposição raivosa tem um pouco mais de 100 votos no congresso: 70 de Marcelo Castro (que foi votado pelo PT), 22 de Luiza Erundina do PSOL e 16 de Orlando Silva. Ou seja, do impeachment de Dilma para cá, só encolheu.
- Que Eduardo Cunha não tem mais o poder de antes. Seu candidato, Rogério Rosso, apoiado pelo Centrão, que mantinha Eduardo Cunha no poder, conseguiu apenas 170 votos no segundo turno. Um número bem abaixo do necessário para manter o mandato de Cunha.
Pode-se já marcar a missa de sétimo dia. Quem saiu como grande vitorioso da noite? Definitivamente Michel Temer.
Em uma tacada só ele conseguiu: emplacar um forte defensor da política de responsabilidade fiscal, que permitirá votar as medidas importantes para colocar o país de novo nos eixos; se livrar de uma vez por todas do apoio com faca na garganta que Cunha lhe proporcionava, com seu Centrão; e mostrar que a oposição é mínima.
Não só fechou-se o caixão em definitivo de Dilma, mas lhe dar poder inclusive de modificar a constituição, se ele assim o quiser. Sai também vitorioso o bloco que apoiou Rodrigo Maia. Além do DEM, partido do deputado, PSDB e PSB.
PCdoB se enfiou no finalzinho quando viu que a vaca tinha ido pro brejo. Já é chamado nos corredores do congresso como Frey Atrasado. Jandira Feghalli do PCdoB, a eterna musa do impeachment, esperou até o último minuto para decidir para onde ia correr, na expectativa de conseguir boas alianças para sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. Quando viu que a “turma do golpe” no final se resumia ao PSOL e a meia dúzia de deputados do PT, fez sua escolha.