Se o PT é contra, então é bom?

Editorial
Guaíra, 14 de outubro de 2016 - 07h23

O PT perdeu a oportunidade de fazer uma oposição mais inteligente à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241, do Teto – medida aprovada em primeiro turno na Câmara que cria uma regra orçamentária para limitar o crescimento dos gastos públicos.

Os petistas poderiam ter tentado reduzir o prazo de revisão da PEC de dez para sete anos. Havia espaço para negociar isso até pouco tempo atrás. Poderiam ter defendido mecanismos que dessem ganhos reais às áreas da saúde e da educação, caso viesse a ocorrer uma recuperação econômica que gerasse um PIB (Produto Interno Bruto) relevante e superávit primários significativos.

A PEC do Teto é dura, mas não há outra opção no curto e médio prazo. Provavelmente será revista em dez anos ou até antes, se a economia melhorar significativamente. Mas a PEC do Teto é o que o Brasil, infelizmente, tem pra hoje. É o que país pode fazer diante do desastre econômico produzido por Dilma e pelo PT, que se negam a realizar uma autocrítica dos erros que os levaram a perder o poder.

O principal efeito político da aprovação da PEC do Teto foi fortalecer o governo Temer, mostrando que a atual administração tem uma articulação eficiente no Congresso e capaz de aprovar outros temas espinhosos, como a reforma da Previdência.

O placar de 366 deputados federais a favor da criação da nova regra orçamentária ficou na faixa mais otimista prevista pelo governo, entre 360 e 380 votos. Essa demonstração de força política deve ter um efeito positivo sobre as expectativas econômicas.

Segundo alguns analistas, a PEC é realmente imperfeita, mas é algum começo para sairmos do caos em que estamos. Se espera  que muitas outras medidas sejam tomadas, principalmente o fim dos privilégios de uma minoria que sempre se beneficiou às custas do sacrifício da imensa maioria, sendo que para isso acontecer a população terá que participar ativamente pressionando nossas ‘excelências’ de todos os poderes a tomarem medidas que nos levem, finalmente, a termos saúde, educação e segurança de qualidade e para todos, que é e sempre foi, obrigação de estados sérios e bem governados, ao contrário do Brasil, onde o governo se mete em tudo e não entrega nada.


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