Setembro, o nono mês do ano, traz consigo um chamado à reflexão e à ação que transcende o calendário. É o mês do “Setembro Amarelo,” uma campanha de conscientização sobre a saúde mental que merece toda nossa atenção e engajamento. É tempo de falar abertamente sobre um tema muitas vezes negligenciado, mas de vital importância para a sociedade: a prevenção ao suicídio.
Nos últimos anos, temos visto um crescente movimento global de destaque em relação à saúde mental. A ideia de que é crucial cuidar não apenas do nosso corpo físico, mas também da nossa mente, está sendo amplamente aceita. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer para eliminar o estigma em torno das doenças mentais e do suicídio.
O suicídio é um problema global de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, e o número de tentativas é muito maior. Os números são alarmantes, e eles nos lembram que, por trás de cada estatística, há histórias pessoais de dor, desespero e sofrimento. Precisamos agir agora para mudar essa realidade.
É essencial quebrar o silêncio que envolve a saúde mental. Muitas vezes, aqueles que mais precisam de ajuda sofrem em silêncio, com medo de serem julgados ou estigmatizados. Devemos criar um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para compartilhar suas lutas, suas dores e suas angústias.
A prevenção começa com a educação. Devemos ensinar as crianças e jovens sobre a importância da saúde mental, assim como ensinamos sobre a saúde física. Devemos mostrar que pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas de coragem. E, como sociedade, devemos garantir que os recursos e o apoio estejam disponíveis para aqueles que precisam deles.
A iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, surgiu com a missão de quebrar esse tabu e abrir as portas para conversas difíceis, mas cruciais. Não é apenas uma campanha, é um grito de socorro e um apelo à empatia.
Portanto neste Setembro Amarelo, comprometamo-nos a ouvir, a apoiar e a sermos empáticos com aqueles que enfrentam desafios em sua saúde mental. Vamos lembrar que, juntos, podemos fazer a diferença e salvar vidas. Afinal, a saúde mental é um direito fundamental de todos, e a prevenção ao suicídio é uma causa que merece todo nosso apoio, não apenas neste mês, mas durante todo o ano.