A classe política brasileira, além de ser uma das mais caras do mundo, é a que mais responde por inquéritos na Justiça.
Levantamento feito pelos jornais mostra que nada mais, nada menos, do que 50 Deputados Federais respondem por processos.
O leque de crimes pelos quais as ”Excelências” respondem é variado, vai desde calúnia, injúria, difamação, corrupção, falsidade ideológica, estelionato, lesão corporal, tortura e até furto. Apenas um desses deputados responde por 30 ações na Justiça.
A lista é extensa e abrange parlamentares de quase todos os Estados do Brasil. Em São Paulo, os parlamentares que nos representam são dois que têm ações contra si: Alexandre Frota (PSL) e Geninho Zuliani (DEM), tudo segundo este levantamento que foi divulgado pelo G1, nesta semana.
Apenas 6 Estados não colocaram na Câmara dos Deputados um representante réu: Acre, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Rio Grande do Sul.
No entanto, o Estado do Paraná é o que tem o maior número de parlamentares processados, no total de 7 Deputados.
A Lei da Ficha Limpa, de 2010, determina a inelegibilidade por 8 anos de candidatos condenados em segunda instância, mesmo com recursos pendentes.
Com isso, entre os eleitos, apenas não entraram neste rol o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que abriu mão de seu mandato e se mudou do nosso país e Wagner Montes (PRB-RJ), que faleceu antes do início da legislatura.
O critério adotado para fazer este levantamento foi através do novo entendimento do Supremo Tribunal Federal, que, em maio do ano passado, restringiu o foro privilegiado a casos ocorridos durante o mandato e com relação com o cargo. Isso fez com que várias ações penais fossem ”baixadas” para a 1ª instância.
Além de caríssimas, Suas Excelências também não são muito confiáveis.