Todo dia é dia!

Editorial
Guaíra, 13 de abril de 2022 - 13h54

Todo dia é dia!

O título desse editorial pode até parecer uma redundância!

Acontece que o ser humano tem – dentro de si – uma necessidade muito grande de celebrar. Ele – o ser humano – celebra tudo: aniversário, Natal, dia disso, dia daquilo e o comércio vai absorvendo o que mais lhe interessa.

Este sentimento de homenagear, de celebrar não é novo. Desde os primórdios o homem exalta o que lhe é caro. Os índios, também, dentro da sua cultura, fazem a mesma coisa.

Hoje, dia 13, por exemplo, celebramos o dia do Hino Nacional, o dia do Jovem, o dia do beijo e o dia mundial da imprensa.

Nesta linha de pensamento ninguém imagina de onde se originaram tantas datas notáveis. Tirando o dia das mães – que tem uma história – o dia das mulheres que marca uma luta e o Natal, que todos conhecem sua origem, as outras datas foram nascendo e se fixando mais por serem altamente comerciais. É o caso, por exemplo, do dia dos Namorados!

Assim, quando a Câmara dos Deputados se reúne, e na pauta das discussões fica instituída o “Dia do Prefeito”, como sendo dia 11 de Abril, é porque o chefe do Executivo Municipal deve ser lembrado com um dia específico, só para ele, instituído com todas as legalidades possíveis, mesmo que, como todas as outras datas, “todo dia é dia” de ser respeitado, lembrado e honrado.

O que torna uma data popular, é sem dúvida, o comércio. Há tanta propaganda massificando o contribuinte que os namorados têm que se  presentearem mutuamente, filhos devem lembrar dia das mães (em menor escala do dia  dos pais) e as crianças ganham seu quinhão no tal dia das crianças (que ninguém sabe de onde surgiu) e por fim o tradicional Natal, esperado por todas as faixas etárias.

Desta forma, é o embrulho do presente, debaixo do braço, que faz a data ficar cada vez mais importante. Aliada ao marketing televisivo, torna-se imperativo que nada possa ser passado em branco, sem deixar um vazio naquele eu espera seu presentinho em datas específicas.

Agora, se há até dia das sogras, do beijo, do hino, dos sobrinhos, dos filhos, porque não haver também o dia do Prefeito, sacramentado pela Câmara dos Deputados?

Tudo tem uma razão de ser!

 


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