Tudo fechado

Editorial
Guaíra, 2 de abril de 2021 - 10h09

Já viram a tristeza que é uma cidade deserta, com o comércio fechado, sem pessoas transitando de cá para lá, sem carros, motos, sem movimento algum?

Pois é bem triste mesmo!

Mas foi o remédio – meio amargo – que as autoridades tiveram que lançar para tentar brecar o aumento desta pandemia e baixar a curva dos infectados.

Esta prática já vinha sendo realizada em outras cidades com resultados positivos. E, quem sabe, por aqui também não colheremos efeitos práticos para deixarmos de chorar pelos amigos mortos. Mesmo porque nosso Hospital está sem condições de receber mais pessoas doentes. Entrou em colapso. Assim como não há mais como correr para os hospitais da região porque também não há vagas.

Assim, a tristeza que se vê nos profissionais de saúde – os grandes heróis neste contexto – se junta com a agonia dos comerciantes, dos empresários, dos trabalhadores que veem suas portas cerradas sem a possibilidade de levar o sustento para sua casa.

Neste momento, é mesmo grande a aflição – principalmente neste dia – em  que há dois mil anos vimos o Altíssimo ser crucificado, morto e sepultado, assim como muitos parentes e amigos estão descendo à mansão dos mortos. Cristo foi condenado à morte por pregar a justiça, o perdão e amor ao próximo; nossos amigos estão sendo condenados à morte por ter contraído um vírus invisível, cruel e fatal.

As ruas vazias e o comércio fechado, a falta do burburinho,  do vai e vem, tão representativo de vida, de cor, de alegria,  nada mais é  do que o reflexo dos tempos difíceis que estamos atravessando.

Mas, a Páscoa vem aí. Com ela,  Cristo ressurgirá, vivo,  sem a cruz nas costas, sem os pregos nas mãos  e sem a coroa de espinho: Digno representante da nossa Esperança. 


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